Como esta técnica pode ajudar na menopausa?
O Nobel de Medicina e Fisiologia de 2016 foi para o cientista Yoshinori Ohsumi, biólogo celular, professor da Universidade de Tóquio, por suas descobertas importantes sobre os mecanismos de autofagia, processo pelo qual as células "digerem" partes de si mesmas. Os achados de Ohsumi abriram as portas para a compreensão do papel da autofagia em doenças neurodegenerativas, câncer, diabetes tipo 2, entre outras.
Em organismos desnutridos, a autofagia é uma estratégia de sobrevivência, permitindo que a célula redistribua os nutrientes para as atividades mais essenciais.
Ela também permite destruir organelas celulares já desgastadas ou envelhecidas, fazendo uma espécie de controle de qualidade. As organelas são estruturas que ficam dentro das células e executam funções importantes para a manutenção da vida.
O conceito de autofagia foi descoberto nos anos 1960, quando cientistas observaram que a célula era capaz de "encapsular" seus próprios componentes, os envolvendo em membranas, e os transportar para um compartimento de reciclagem chamado lisossomo, onde esses componentes são destruídos.
De modo claro, esta importante descoberta prova que, quando ficamos algumas horas sem comer, a renovação celular se acelera em nosso organismo – o que nos leva a viver mais e melhor com o Jejum Intermitente.
Desde então, os benefícios do jejum intermitente têm sido estudados em diversos campos da saúde, principalmente na fase da Menopausa nas mulheres.
Principais benefícios do jejum Intermitente na Menopausa
Os principais ganhos da técnica vão além do emagrecimento, principalmente por não ser considerado apenas uma dieta entre os especialistas.
É durante esse período da vida das mulheres que acontece a diminuição dos níveis de progesterona, testosterona e hormônio do crescimento. Por outro lado, temos o aumento da resistência insulínica, ganho de peso e de gordura visceral.
Esse combo ocasiona um aumento do risco de doenças cardiovasculares. É aí que entram as vantagens do jejum intermitente.
Diminuição da gordura abdominal
Prevenção de risco cardiovascular
Melhora da disposição
Aumento do libido
Melhora da memória e raciocínio
Além de influenciar nos níveis de hormônio da paratireóide, reduzindo o risco de osteoporose.
O jejum intermitente faz com que o nosso organismo entre em processo de autofagia, um mecanismo de autodigestão em que se consomem as toxinas presentes nas células permitindo a regeneração celular, além de diminuir as possibilidades de envelhecimento prematuro.
Como funciona o Jejum Intermitente?
A proposta consiste em ficar sem comer nada, apenas água ou chás durante longos períodos. Para algumas pessoas, o jejum pode variar entre oito, dez, 12 ou mais horas e, até mesmo, dias seguidos.
Funciona assim: em jejum, o organismo promove o catabolismo proteico, que nada mais é do que a perda de massa muscular.
Isso ocorre porque o corpo usa a glicose do fígado e depois a glicose muscular. É possível perder peso rapidamente, mas a primeira consequência é o famoso efeito sanfona. Ou seja, ao retornar aos antigos hábitos alimentares, a pessoa recupera o peso ainda mais rápido.
Mas, estudos demonstram que, sendo feito da maneira adequada para cada pessoa, podem haver benefícios para o organismo e para o metabolismo.
O jejum intermitente é um estilo de alimentação onde se intercala períodos de jejum com períodos de alimentação e pode ser um aliado nas estratégias de controle do peso corporal, especialmente com o objetivo de emagrecimento.
Os períodos de jejum favorecem a utilização dos estoques de gordura como fonte de energia e com isso acelerar a perda de massa gorda.
O período de jejum pode variar de 10 a 24 horas, podendo ser feito diariamente ou somente em alguns dias da semana. A definição desses parâmetros depende da adaptação e do histórico de saúde de cada paciente. Líquidos que não possuam calorias, como água (com ou sem gás), chás e café sem açúcar podem ser consumidos a qualquer momento.
Os períodos em que a alimentação é permitida são chamados de janelas de alimentação. Exatamente nesses períodos que a escolha da alimentação será fundamental para um bom resultado. Portanto, a alimentação deve manter-se saudável e equilibrada.
Na janela de alimentação, o ideal é não perder completamente esse benefício metabólico, iniciando a alimentação com alimentos de baixo índice glicêmico (como as fibras integrais) associados à uma porção pequena de proteínas de rápida absorção (carnes magras, por exemplo). Isso manterá os níveis de insulina ainda baixos e seu metabolismo favorável à perda de peso. Carboidratos simples (açúcar e farinha branca) ou mesmo grandes quantidades de alimentos ditos saudáveis devem ser evitados.
Agora que você já conhece mais sobre a técnica de Jejum Intermitente e como ela pode te ajudar na menopausa, busque um acompanhamento e avaliação médica antes de começar qualquer tipo de tratamento.
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Equilíbrio é, e sempre será a chave para a saúde!!
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